Um em cada 5 carros em Portugal tem mais de 20 anos

4 years, 3 months atrás - 21 Setembro 2020, Auto Monitor
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A tendência é a mesma nos últimos dois anos: à medida que o parque automóvel português vai aumentando, também vai envelhecendo.

Os dados, citados pelo Jornal de Negócios, são da Associação Automóvel de Portugal (ACAP) que indica também que se o número de automóveis ligeiros de passageiros aumentou em 405 mil veículos no espaço de dois anos, o peso das viaturas mais velhas também cresceu.

Face ao final de 2017, o número de carros com 20 ou mais anos de idade disparou de cerca de 777 mil para 1,04 milhões a 31 de dezembro de 2019.

E o seu peso no parque de ligeiros de passageiros avançou, neste período, de 16,2% para 20,1%.

Esta tendência é notória desde 2010, ano em que as viaturas com mais de duas décadas eram apenas 177 mil e pesavam 3,9%.

Em 2010, aliás, os automóveis com menos de 10 anos de idade estavam em maioria (53,1%). Nove anos volvidos, são apenas 39%.

Já a idade média dos ligeiros de passageiros aumentou de 12,6 anos em 2017 para 12,7 anos em 2018 e 12,8 anos em 2019. Em 2010, a idade média dos automóveis em circulação era de apenas 10,1 anos.

O secretário-geral da ACAP, Helder Pedro, sublinha que “quando a idade média do parque automóvel ultrapassa os 10 anos estamos a falar de um parque envelhecido”.

E, acrescenta, “a única medida para a renovação do parque automóvel com um impacto no curto prazo é o incentivo ao abate de veículos em fim de vida”.

Esta é, aliás, uma reivindicação recorrente da ACAP, que este ano voltou a instar o Governo a adotar medidas nesse sentido para alcançar um duplo objetivo: estimular as vendas de veículos novos, que sofreram pesadas quebras devido ao impacto da pandemia de Covid-19, e rejuvenescer o parque automóvel nacional.

A associação considera que para se conseguir qualquer um destes objetivos, o incentivo ao abate tem de incluir apoios à troca de veículos mais velhos por novos ou até mesmo usados mais recentes, mas não apenas veículos elétricos puros ou eletrificados mas também automóveis de combustão interna mais recentes, com tecnologias menos poluentes.

Contribui para reduzir as emissões e para aumentar a segurança, diminuindo a sinistralidade”, salienta Helder Pedro citado mais uma vez pelo Jornal de Negócios.

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