Os dados são da responsabilidade do Standvirtual, portal líder do mercado automóvel, que analisou a evolução do preço dos veículos desde o início da pandemia e a forma como a crise dos microchips e falta de veículos disponíveis afetaram o mercado.
O segmento que registou a subida mais acentuada do preço médio foram os citadinos (+17%), que viram o valor de venda aumentar de 11.500€ para 13.500€, entre janeiro de 2020 e janeiro de 2022. Seguem-se os SUV (+16%), que aumentam cerca de 3.900€, de 24.100€ para 28.000€. Os pequenos citadinos registam um aumento semelhante (+16%), com o preço médio a subir de 9.500€ para 11.000.
Todos os restantes segmentos registam também aumento de preço médio, ainda que em menor intensidade. No mesmo período, houve um aumento de +12% no caso das carrinhas (de 17 para 19 mil euros), dos utilitários (de 16.200€ para 18.100€) e dos sedan (de 24.000€ para 26.800€). Já os monovolume tiveram um aumento de preço médio de +9% (de 16.000€ para 17.400€), os cabrio de +8% (de 23.300€ para 25.100€) e os coupé de +4% (de 29.900€ para 31.000€).
“Prevê-se que continue a existir escassez de produto e de veículos a entrar no mercado ainda durante os dois primeiros trimestres de 2022, com a recuperação a começar a partir do terceiro trimestre e a consolidar-se já no final do ano”, referiu Nuno Castel-Branco, diretor geral do Standvirtual. “Podemos esperar que se mantenham os preços mais elevados nesta fase, mas contamos que estes voltem a baixar com a recuperação do mercado.”
É possível observar este aumento dos preços em alguns modelos mais representativos da procura no Standvirtual, com cerca de 50 mil quilómetros e a diesel. O Mercedes-Benz A180 teve um aumento de preço médio de +24% correspondente a 6.000€ nos últimos dois anos, passando de 24.500€ para 30.500€. O mesmo acontece com o Renault Clio, com um aumento de +19% do preço médio (de 13.500€ para 16.000€). Por outro lado, tanto o Nissan Qashqai (que sobe de 21.400€ para 23.800€) como o Renault Megane Sport Tourer (18.000€ em comparação com 20.000€) registam aumentos de +11%. A curva de subida acentua-se sobretudo a partir de maio de 2021.
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