Depois do Opel Corsa, o Astra é o modelo mais importante para a marca alemã. Se o juntarmos à família Kadett, que substituiu em 1991, podemos contar com mais de 24 milhões de unidades comercializadas e com uma história incrível, com dez gerações de evolução. E com o novo modelo, esta evolução mantém-se através de uma nova família de motores e de novos equipamentos, que têm a missão de deixar o Opel Astra mais atualizado.
Esteticamente, as diferenças não são muitas, até porque a maioria dos clientes da marca prefere deixar o desenho deste modelo tal e qual como está. É por isso que o novo Astra parece exatamente igual ao seu antecessor, ainda que não o seja. No novo modelo, os grupos óticos são mais modernos e a grelha dianteira assume o mesmo desenho que a marca já integrou noutros dos seus modelos mais recentes. Alguns ajustes nas arestas da carroçaria e na secção traseira fizeram com que este novo modelo fosse ainda mais aerodinâmico, o que dá uma grande ajuda na conquista de médias de consumo mais reduzidas.
A nova gama de motorizações, totalmente desenvolvidas pela GM, conta com uma configuração de apenas três cilindros, sejam a gasolina ou diesel e já tivemos oportunidade de os conduzir a todas, numa rápida deslocação a Frankfurt. Todas cumprem a exigente norma Euro 6d.
A opção a gasolina de apenas 1,2 litros conta com uma potência máxima de 130 cavalos graças à presença da sobrealimentação. Oferece uma experiência de condução bastante tranquila e muito suave, conseguindo médias de consumo misto em torno dos 4,3 litros segundo os dados fornecidos pela marca. A opção de 1,4 litros vê a potência passar para os 145 cavalos, mas apenas está disponível com a presença da caixa de variação contínua. No teste de estrada que fizemos ficámos com ideia que se trata de uma boa opção, estando esta caixa mais evoluída que nunca, uma vez que oferece uma utilização simples e tranquila se nos portarmos bem com o pé direito e sem grandes devaneios em termos de subidas de regime.
O novo bloco de 1,5 litros a gasóleo conta com 122 cavalos de potência e também oferece uma configuração de apenas três cilindros, mas dá a entender que se trata de uma opção com uma capacidade bem superior. Conta com níveis de ruído e vibrações muito inferiores ao que poderíamos esperar de uma motorização de apenas três cilindros e não se nega a manter as médias de consumo em patamares bem comedidos, especialmente quando recebe a ajuda da nova caixa de velocidades automática com nove relações que também tivemos oportunidade de testar neste evento. Esta nova opção tem um funcionamento bastante suave e consegue ajustar-se facilmente ao ritmo que estamos a tentar impor ao Astra, ficando apenas a faltar os comandos no volante nos momentos em que damos por nós a descobrir a nova afinação da direção assistida, e mais direta, bem como os novos amortecedores, que deixam o habitáculo mais sereno e confortável, ao mesmo tempo que consegue enaltecer os bons préstimos do chassis do Opel Astra.
O habitáculo do novo Astra também conta apenas com uma pequena atualização estética, mas já inclui um novo grafismo no monitor tátil de oito polegadas que se encontra na zona superior do tablier. As possibilidades de ligação a smartphones também incluem agora as funções AndroidAuto e Apple CarPlay, e na consola central, entre os assentos, existe agora um espaço destinado ao carregamento do telefone, sem fios. Mesmo em frente ao condutor, o painel de instrumentos digital permite-nos escolher o modo de visualização desejado por entre diversas hipóteses de configuração, ao mesmo tempo que oferece um visual mais sofisticado para quem se encontra ao volante e da lista de opções já fazem parte elementos, como o sistema de som mais evoluído com a assinatura da Bose, entre diversos outros.
A apresentação oficial ao público desde modelo vai ocorrer durante a próxima edição do Salão de Frankfurt, que abre as suas portas na semana que vem, mas o novo Opel Astra já pode ser encomendado nos concessionários da marca e as primeiras novidades devem começar a chegar em novembro. A gama de preços inicia-se nos 24.690 euros, com dois formatos de carroçaria e três níveis de equipamento (Business Edition, GS Line e Ultimate), um de acesso à gama, outro de visual mais clássico e um terceiro que inclui um ambiente mais desportivo.