A Polícia Municipal do Porto já tem em funcionamento um novo sistema eletrónico de fiscalização de estacionamento abusivo, que recorre a câmaras montadas nas viaturas.
O sistema de leitura de matrículas, tecnologia pioneira em Portugal, consiste em duas câmaras montadas no tejadilho do carro patrulha, ligadas a tablets — captam e processam a imagem —, e que permitem uma fiscalização automática dos veículos em incumprimento.
O sistema está instalado, por agora, em duas viaturas, enquanto decorre o período de testes. Num desses testes, bastaram três minutos para o sistema registar 40 automóveis em contraordenação numa única artéria no Porto.
Num vídeo publicado no Instagram da Câmara Municipal do Porto, a Polícia Municipal explica como é que este sistema funciona:
Em 2024, a PM do Porto registou quase 40 mil autos de contraordenação rodoviária e removeu quase 17 mil viaturas. Das mais de 23 mil ocorrências reportadas à linha da polícia que envolveram acionamento de meios, 75% estavam relacionados com questões de trânsito. “Um número que nos deve envergonhar a todos”, disse o comandante da Polícia Municipal, António Leitão da Silva.
Ainda este ano, a Polícia Municipal do Porto vai ver a sua frota automóvel aumentar em 24 viaturas e sete motociclos, assim como vão ser adicionados mais 31 agentes para a fiscalização de trânsito: “o maior investimento em recursos humanos em 20 anos”.
Também a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) irá usufruir deste novo sistema e poderá autuar viaturas estacionadas nos corredores do BUS e paragens de autocarros. Esta competência delegada à STCP foi aprovada por unanimidade o ano passado pela Câmara Municipal do Porto.
“Toda esta mobilização de recursos não representa, para nós, uma despesa. É, sim, um grande investimento na melhoria da qualidade de vida e na perceção que os cidadãos têm, de que vivem numa cidade em que se pode viver, se pode conduzir, atravessar a rua e utilizar os passeios”, concluiu o Presidente da CM do Porto, Rui Moreira.
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