Em causa, suspeitas de emissão de avisos fictícios ou duplicados, denunciados por uma reportagem da TVI, em janeiro.
O relatório intitulado "Alegações da mídia de fraude no Porto e Vila Nova De Gaia", disponibilizado hoje aos vereadores da Câmara do Porto, e a que a Lusa teve acesso, conclui que "embora exista claramente uma pressão operacional" para a produção de avisos pela administração, "não há evidências que sugiram que a equipa de gestão tenha dirigido a emissão de bilhetes falsos em qualquer um dos supostos formatos".
"Não havia nada nas entrevistas com os funcionários que evidenciasse o apoio às alegações", lê-se no relatório, assinado pelo diretor de risco da Empark, Peter Hughes e datado de 10 de janeiro.
No dia 13 de janeiro, três dias depois da data que consta do relatório da auditoria da Empark, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, revelou que o concessionário do estacionamento pago à superfície tinha pedido uma auditoria na sequência da denúncia de comportamentos fraudulentos por parte dos seus controladores.
À data, o autarca garantia aguardar os resultados dessa auditoria e da reunião com a EPorto para prestar mais esclarecimentos aos vereadores.
O documento a que a Lusa teve hoje acesso refere que a análise técnica "demonstrou que não foram feitas alterações nos dispositivos e a análise de dados de back-office para taxas de recuperação, reclamações e recursos também apoiaram essas conclusões".
O relatório revela, no entanto, que foram identificados "alguns problemas" entre "a linha de frente (principalmente em Vila Nova de Gaia) e a equipa de gestão de ambas as áreas".
"Em resumo, não foram encontradas evidências na investigação para apoiar as alegações feitas", conclui a Empark.
No documento, o grupo revela ainda que foram identificadas algumas melhorias para evitar a criação de bilhetes falsos ou de qualquer outro tipo de adaptação ao sistema".
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