Produção automóvel portuguesa em queda livre. Espanha está ainda pior

1 month, 3 weeks atrás - 23 Fevereiro 2025, razaoautomovel
Volkswagen Autoeuropa em Portugal
Volkswagen Autoeuropa em Portugal
A produção automóvel em Portugal caiu em janeiro. Porém, no país vizinho a situação não é melhor. Conheça os números.A produção de automóveis em Portugal começou o ano de 2025 com o pé esquerdo.

Depois de um crescimento de 4,5% em 2024, janeiro registou uma queda expressiva de 21,7% em relação ao mesmo período do ano passado, com 23 573 unidades produzidas (veículos de passageiros e mercadorias), segundo dados da ACAP (Associação Automóvel de Portugal).

A quebra foi mais acentuada entre os ligeiros de passageiros, que caíram 26,5% (17 562 unidades), enquanto os ligeiros de mercadorias decresceram 2,3% (5617 unidades). Nos pesados a queda foi de 9,4% (394 unidades).

Espanha regista queda ainda mais acentuada
Portugal não foi o único a ter um registo negativo. O nosso vizinho, Espanha, também entrou em 2025 da pior forma. Registou uma quebra ainda mais acentuada, de 27,2% com 168 076 unidades, face a janeiro de 2024, segundo dados da ANFAC (Associação Espanhola de Construtores Automóveis).

Ao contrário do que aconteceu no nosso país, a maior queda em Espanha foi registada nos veículos comerciais e pesados, que caíram 33,7% (35 914 unidades) face a 25,3% dos passageiros (132 162 unidades).

A associação espanhola justifica esta descida com ajustes nos turnos de produção e com a adaptação das fábricas à introdução de novos modelos eletrificados.

Exportação é o destino de quase toda a produção
Seja em Portugal ou Espanha, a larga maioria da produção automóvel tem como destino os mercados de exportação: 97,4% e 86%, respetivamente. São um importante contributo para o saldo positivo da balança comercial de ambos os países. Por isso, esta quebra deve ser vista com alguma preocupação.

Em Portugal, é a restante Europa o principal mercado de exportação, que absorveu 87,3% da produção em janeiro. Acontece o mesmo em Espanha, com 92,1% da sua produção a ter como destino a Europa.

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