O grupo de moradores Vizinhos de Belém diz que "os lugares são ilegais, pois estão a menos de 25 metros da paragem", sendo assim proibido estacionar ali segundo o código da estrada. Acusa ainda a Junta de Belém
de ter colocado ali sinais de estacionamento "não homologados" pela Câmara de Lisboa.
O presidente da Junta de Belém, Fernando Rosa, garantiu ao JN "estar tudo dentro da legalidade" e que é preciso "zelar pelo interesse de todos".
Os lugares de estacionamento para os carros já existiam informalmente naquela zona só acessível através da via de autocarros, o que "já é uma infração, os carros terem de entrar na faixa de bus para estacionar", considera Gonçalo Matos, do Vizinhos de Belém.
No início do mês passado, a Junta de Belém colocou sinais de trânsito de estacionamento para legitimar os lugares para os carros e criou uma área para motociclos, levantando novas dúvidas sobre a legalidade daquela zona de parqueamento.
SAÍDA PERIGOSA
O grupo de moradores diz que os sinais não estão homologados porque não foram inseridos no sistema municipal de sinalização vertical. Diz ainda que a zona de estacionamento dificulta a saída dos passageiros do autocarro pela porta das traseiras, principalmente de pessoas com mobilidade reduzida, um problema confirmado por Bernardo d"Orey Delgado, que explora a esplanada daquela praceta.
"Saem do autocarro para cima dos carros. Meia dúzia de lugares com um parque de estacionamento do outro lado da rua não fazem sentido. Os blocos de cimento que marcam o estacionamento das motas batem num dos guarda-sóis da esplanada, o que também não faz sentido", critica.
O dono da esplanada diz que já apresentou "várias soluções" à Junta para "ordenar o espaço e dignificar a zona", em frente ao Mosteiro dos Jerónimos, mas sem sucesso.
O presidente da Junta de Belém, Fernando Rosa, disse ao JN que "está disponível a ver formas de melhorar o largo", mas não abdica do estacionamento.
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