O diploma do Parlamento que coloca um ponto final nas portagens de algumas das ex-SCUT foi promulgado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Tal como se pode ler no website da Presidência, Marcelo Rebelo de Sousa aprovou o “Decreto que elimina as taxas de portagem nos lanços e sublanços das autoestradas do interior e em vias onde não existam alternativas que permitam um uso com qualidade e segurança, revogando o Decreto-Lei n.º 97/2023, de 17 de outubro”.
Depois de a proposta ter sido aprovada no passado mês, chega agora o momento da sua promulgação, confirmando a entrada em vigor, prevista para 1 de janeiro de 2025.
Em causa estão as portagens dos seguintes troços de autoestrada:
Recorde-se que as portagens SCUT (Sem Custo para o Utilizador) foram introduzidas em Portugal em 1997, sendo que nessa altura os custos eram totalmente suportados pelo Estado.
Depois de muitas controvérsias, este regime acabou por mudar e a partir de 2011, os custos das SCUT passaram a ser pagos pelos seus utilizadores.
Reações
O tema das ex-SCUT sempre foi acompanhado de polémica e mesmo a votação do projeto de lei do PS que determinava a abolição das portagens, realizado em maio, não foi unanime.
Na altura, os votos a favor partiram do PS, Chega, BE, PCP, Livre e PAN. A IL absteve-se, ao passo que o PSD e o CDS votaram contra.
E mesmo agora, depois do Presidente da República promulgar esta legislação, o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, refere que a supressão das portagens é injusta.
“O Governo não concorda com a supressão dessas portagens. É injusta. Não olha para o país como um todo. Devíamos tentar baixá-las todas e não circunstancialmente e oportunisticamente uma outra”. - Miguel Pinto Luz, Ministro das Infraestruturas
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