Assim, destaca-se que as exportações de componentes para automóveis, estão desde o início do ano, com um ritmo de crescimento superior face às exportações nacionais de bens. De acordo com os dados recolhidos pela AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel, este crescimento de dois dígitos, representa uma subida pelo décimo segundo mês consecutivo.
No que se refere ao acumulado até abril as exportações de componentes automóveis alcançaram os 3945 milhões de euros, o que se traduz num acréscimo de 22,5% face ao mesmo período de 2022.
Importante realçar que 70% das exportações portuguesas de componentes automóveis continuam a pertencer ao top 5 de países, composto por Espanha, Alemanha, França, Eslováquia e Estados Unidos da América, durante o ano de 2023.
Espanha, continua a ser o principal cliente dos componentes fabricados em Portugal, com vendas de 1123 milhões de euros, seguida pela Alemanha com 887 milhões de euros. Na terceira posição encontramos a França, com 441 milhões de euros, enquanto a quarta posição pertence à Eslováquia com 175 milhões. As vendas de 150 milhões de euros aos Estados Unidos da América fecham o top 5.
Destaque-se que as exportações para quatro destes cinco países voltam a aumentar relativamente ao ano anterior. Assim, as exportações para Espanha aumentaram 21% relativamente ao ano de 2022, Alemanha apresenta-se com um crescimento de 29,5% e as exportações para França, 3.º país cliente, cresceram 24,2%. A Eslováquia registou um aumento de 29,4% em relação a 2022.
Por outro lado, os EUA continuam a registar uma queda, agora de 15,5%, nas importações de componentes automóveis provenientes de Portugal, no que se refere ao período homólogo de 2022 mantendo-se como 5º país cliente.
Os problemas nas cadeias de abastecimentos continuam a afetar toda a indústria automóvel com a falta de chips e componentes eletrónicos, todavia é de destacar que a indústria portuguesa de componentes para automóveis tem conseguido manter uma forte resiliência e criar formas de continuar a competir com as suas congéneres para ganhar quota de mercado.
Os cálculos da AFIA têm como base as Estatísticas do Comércio Internacional de Bens divulgadas a 9 de junho pelo INE – Instituto Nacional de Estatística.
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