A composição embateu num veículo de reparação de catenárias que se encontrava na linha, tendo o maquinista do comboio ficado encarcerado. Há registo de, pelo menos, dois mortos, segundo a junta da freguesia de Soure. O JN sabe que as vítimas mortais são trabalhadores que estavam a operar a máquina onde o comboio embateu. Há sete feridos graves com vários traumatismos. De acordo com o comandante distrital da Proteção Civil, Carlos Tavares, em declarações à Agência Lusa, os feridos foram transportados para o Hospital de Coimbra.
No local, Américo Monteiro Oliveira não ganhou para o susto. Estava a viajar na carruagem quatro de Lisboa para Braga, quando o embate violento deixou todos em alvoroço. Não ficou ferido, mas garante que "há várias pessoas com escoriações na face, braços e pernas". O passageiro garante que lhes está a ser prestado auxílio. Segundo o passageiro, o choque terá sido mais violento nas carruagens cinco e seis. Esta última terá mesmo descarrilado e saiu para a "linha contrária".
Américo relata que várias pessoas ficaram presas no comboio, mas algumas conseguiram sair pelo próprio pé, logo após o embate. No momento em que conversava com o JN, o passageiro disse ainda que um helicóptero do INEM estava a aterrar. "Estão muitas ambulâncias e carros dos bombeiros", refere.
Os passageiros sem ferimentos estão a ser encaminhados pela Proteção Civil e pelos serviços municipais para a estação de Alfarelos, em Granja do Ulmeiro. Mais tarde, a CP vai providenciar transporte, segundo Américo Oliveira, já que a Linha do Norte está neste momento cortada.
Em nota da Presidência, Marcelo Rebelo de Sousa lamenta o "grave acidente ferroviário" e apresenta "sentidas condolências aos familiares e amigos das vítimas mortais e desejando rápidas melhoras aos numerosos feridos". O Presidente da República diz ainda que aguarda pelos "resultados das investigações técnicas e judiciais".
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