O crédito ao consumo registou entre janeiro e abril deste ano o valor total de 2,7 mil milhões de euros. O valor mais elevado desde 2013, ano em que começou a série estatística do Banco de Portugal. Um dos grandes «culpados» deste aumento é — sem muitas dúvidas — o crédito automóvel.
Desde 2020, ano em que se deu a pandemia Covid-19, que o crédito ao consumo tem vindo a aumentar, sendo que o montante total de crédito aos novos consumidores registou um salto de 9%.
O segmento do crédito automóvel foi o que registou o maior aumento de todos em relação ao período homólogo, tendo crescido 13,5%. Representa 37% do total do montante concedido.
Ou seja, só nos créditos para a compra de carros, as famílias pediram nos primeiros quatro meses do ano um montante total de 1,02 mil milhões de euros.
Através de locação financeira ou ALD, o montante concedido aumentou 6%. Para além destes, também o valor do crédito automóvel com reserva de propriedade e outros aumentou tanto nos novos — 8% e 209,2 milhões de euros —, como nos usados — 15% e 787 milhões de euros.
Em relação aos outros tipos de crédito, o pessoal aumentou 5,2% (1,24 mil milhões de euros) tendo grande parte sido concedido sem finalidade específica, para o lar ou consolidado; enquanto o crédito concedido por cartões ou linhas de crédito subiu 10,7%.
Híbridos são os preferidos
Recorde que o saldo de vendas de automóveis ligeiros até 31 de maio de 2024 totalizava 96 223 unidades, um aumento de 9,2% face ao mesmo período homólogo, de acordo com os dados divulgados pela ACAP.
Sendo que das propostas que utilizam energias alternativas, a maior percentagem pertence aos automóveis equipados com sistemas híbridos (mild-hybrid e híbridos), com 16,2%. Seguem-se os elétricos (BEV) com 16%.
Desde o início do ano venderam-se 15 394 automóveis 100% elétricos em Portugal (ligeiros de passageiros), uma subida de 11,7% face ao mesmo período de 2023.
Notícias Relacionadas