De acordo com dados fornecidos pelo IMT ao jornal Público, em abril de 2019 existiam 500 mil carros importados com datas anteriores a 2007 a circular em Portugal. Desse número, 129.109 veículos foram matriculados depois de julho de 2007 – data em que a AT aplicou as contas erradas.
Como as Finanças desconhecem quem pagou imposto a mais ou quem se enquadra nas novas regras que entraram em vigor no primeiro dia de 2020, terão de ser os contribuintes a pedir o reembolso, apresentando provas de que se enquadram nas novas regras.
O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, afirmou à publicação que os 130 mil veículos será "o pior cenário", acreditando que o número final é mais baixo – já que o imposto só poderá ser devolvido a carros cuja primeira matrícula pertença aos 28 países da UE ou de um dos países da Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), como a Islândia, Noruega ou Liechtenstein.
Entretanto em declarações escritas à Lusa, a AT deu "orientações internas para a não prossecução da litigância respeitante ao IUC cobrado a veículos que tenham sido matriculados, pela primeira vez, num Estado-membro da União Europeia ou do Espaço Económico Europeu antes de julho de 2007, no quadro da decisão já tomada pelo TJUE, e com a qual Portugal se conforma".
Isto é, o Fisco vai desistir dos processos que já se encontram em tribunal e irá devolver o IUC (com juros) aos contribuintes que se dirijam aos serviços de Finanças e apresentem reclamação.
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