Com preços… e condução. Ford Explorer estreou-se em Portugal

há 8 horas atrás - 21 Outubro 2024, turbo
Com preços… e condução. Ford Explorer estreou-se em Portugal
Segundo elétrico da marca da oval desenvolvido a partir da plataforma MEB da Volkswagen, o Ford Explorer acaba de apresentar-se em Portugal, em duas versões, três potências, tracção traseira e AWD e autonomias acima dos 600 km. Os preços começam nos 31 680€... para empresas.

Primeiro modelo elétrico da Ford desenvolvido e construído especificamente para a Europa, o Explorer começa agora a apresentar-se, in loco, nos vários mercados europeus, Portugal incluído.  Ainda que e neste último caso, com a chegada efectiva das primeiras unidades para clientes a estar prevista apenas lá mais para o final do ano.

Ainda assim e porque o Tempo não espera, a Ford Ibérica decidiu aproveitar a chegada das primeiras unidades à vizinha Espanha para proporcionar, também em Portugal, o primeiro contacto com o seu novo SUV de segmento C. Dando assim mais um passo na afirmação de um modelo que, em conjunto com o futuro e também elétrico Capri, produzido, tal como o Explorer, na renovada fábrica alemã de Colónia, poderá significar um novo fôlego para a marca da oval azul, não somente no nosso País, como nos restantes mercados europeus!

De resto e a justificar esta ideia, um modelo que, com os seus 4,47 m de comprimento, 1,87 m de largura e 1,63 m de altura, aposta numa imagem exterior atraente, feita de linhas direitas e postura sólida, aproveitando não somente o posicionamento das rodas bem perto das extremidades da carroçaria (apenas 85 mm de vão em ambos os sentidos), como também a força transmitida por cavas das rodas generosas, a emolduram rodas cujo tamanho vai variar entre as 19 (versão base), 20 (Premium) e 21 polegadas (opcionais).

Já na traseira, a mesma imagem, transmitida, em grande parte, pelo portão traseiro de dimensões generosas e, além de poder contar com abertura elétrica sem mãos (versão Premium), proporciona um acesso amplo e fácil a uma bagageira cuja capacidade começa nos 470 litros, mas que também pode albergar 530 litros se aproveitada até ao tejadilho, ou, então e já com as costas dos bancos traseiros rebatidas, um total de 1.260 litros ao longo do habitáculo.

Habitáculo amplo e personalizado

Combinando o estilo americano com a tecnologia alemã, esta última, expressa, em grande parte, através da plataforma MEB adquirida ao Grupo Volkswagen, o Explorer aproveita, depois, um piso interior totalmente plano, conseguido com a colocação das baterias entre eixos, para oferecer um habitáculo amplo e confortável, com muito espaço para pernas tanto à frente (1.135 mm) como atrás (935 mm). Isto, num ambiente onde também se faz notar as linhas envolventes que se prolongam pelas portas, a boa qualidade de construção, além da “obrigatória” digitalização.

Neste último aspecto, vale a pena destacar um painel de instrumentos de 5,3” a que, na versão de topo Premium, pode ser acrescentado um head-up display com projecção de informação no pára-brisas, mas, principalmente, um enorme ecrã central tátil, de 14,5”, que, tal como o do Mustang Mach-E (ligeiramente maior, de 15”), assume uma disposição na vertical, tipo tablet, oferecendo não apenas óptima nitidez, como também bom nível de intuitividade na interacção. Resultado, igualmente, da possibilidade de configuração das funções exibidas, com a regulação do ar condicionado automático a marca sempre presença.

Ainda assim, como elemento mais distintivo, aquilo a que a Ford deu o nome de “Sync Move” e que é sinónimo da possibilidade de ajuste manual da inclinação do tablet, não apenas como forma de evitar a incidência da luz solar, mas também para permitir aceder a outro aspecto curioso: o “My Private Locker”, um pequeno alçapão escondido por detrás do ecrã, onde é possível guardar uma carteira de bolso e outros bens pessoais, que o simples deslizar do tablet para uma posição mais na perpendicular tapa totalmente, escondendo de olhares indiscretos tudo o que se encontra lá dentro.

Ao mesmo tempo e para coisas maiores, há ainda um alçapão sob o encosto de braço dianteiro, com 17 litros de capacidade, onde é possível arrumar, por exemplo, um laptop…

Equipamento atraente

Ainda entre o equipamento, realce, logo na versão de entrada, para a presença de bancos dianteiros em Sensico e tecido, aquecidos e, no caso do condutor, com regulações elétricas, memórias e massagem, barra de som no topo do tablier com 7 colunas e 100W de saída, navegação com indicação dos postos e a possibilidade de utilização da aplicação Ford Pass Connect, para, entre outras funcionalidades, climatizar antecipadamente o carro. Enquanto, no exterior, estão garantidos os faróis Full LED com máximos automáticos e jantes em liga leve de 19”, sensores dianteiros e traseiros e câmara traseira, além de tecnologias como o Cruise Control Adaptativo com Stop&Go, sistema de detecção de ângulo morto (BLIS) com alerta de trânsito cruzado e saída em segurança, mais travagem na marcha-atrás.

Optando pela versão Premium, acrescenta a esta lista LEDs matriciais anti-encandeamento preditivos, jantes em liga leve 20”, portão traseiro mãos livres, proteção com estribos laterais, iluminação ambiente em LED, bancos 100% Sensico e um áudio premium B&O com 10 colunas, subwoofer e 480W de saída. Sendo que, como opcional, um único pack, “Driver”, a garantir head-up display, estacionamento automático, câmara de 360°, portão traseiro mãos livres versão Explorer, sistema de centragem na faixa de rodagem e assistência à mudança de faixa.

Autonomias até 602 km

Passando às motorizações, uma oferta inicial composta por três potências, com a proposta de de entrada, com um só motor, tração traseira e 170 cv de potência, a prometer 384 km (versão Standard) ou 365 km (versão Premium) de autonomia, graças a uma bateria de 52 kWh capaz de carregar dos 10 aos 80% em 25 min, desde que utilizemos uma tomada de 145 kW.

Já a variante de autonomia alargada, com tracção apenas traseira, 286 cv e bateria de 77 kWh, promete 602 km (Standard) e 572 km (Premium) de autonomia, ao mesmo tempo que aceita carregamentos de até 135 kW, a permitir repor dos 10 aos 80% da carga em 28 minutos.

Finalmente, a versão quatro rodas motrizes (AWD), 340 cv e bateria de 79 kWh (úteis), a prometer 566 km (Standard) ou 532 km (Premium) de autonomia, além da capacidade de carregar dos 10 aos 80% da capacidade, em tomadas de até 185 kW, em não mais que 26 minutos.

Referir que, destas três motorizações, apenas a variante de tracção traseira e autronomia alargada, assim como a versão AWD, vão estar disponíveis no início da comercialização. Já a versão de entrada, só deverá chegar já em 2025.

Neste primeiro contacto em solo nacional, a possibilidade de fazer alguns quilómetros com aquela que a Ford Ibérica acredita poder vir a ser a versão mais procurada, o Explorer com tracção traseira e 602 km de autonomia, e que, em termos de condução, mostrou competência na forma como se faz à estrada, com um pisar ligeiramente mais firme e informativo, numa clara oposição, quer à direcção, quer à travagem. A primeira a padecer de peso e informação, enquanto a segunda sem feeling no pedal, dois predicados que, infelizmente, tendem ser o usual, na grande maioria dos elétricos…

Ainda assim e com um sistema de modos de condução com três opções (Normal, Eco e Sport) a que só faltará um botão no volante multiregulável, cortado em cima e em baixo, e de óptima pega (para seleccionar, é preciso ir ao ecrã central), elogios para uma posição de condução confortável, mas também alta, que, ainda assim, não deixa de permitir sentir a disponibilidade dos 286 cv de potência, capazes, entre outros ganhos, de uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em 5,5s. E que se sente perfeitamente, mesmo tendo presente que estamos aos comandos de um EV com mais de duas toneladas e, acrescente-se, com um ESP bastante permissivo; no nosso caso, a permitir, inclusivamente, algumas derivas (ligeiras) de traseira!

A partir de 45 840€

A terminar e falando de preços, o reconhecer implícito, por parte da Ford Ibérica, da importância das empresas na afirmação dos elétricos em Portugal - atualmente, mais de 80% dos EV vendidos no nosso País são-no a empresas e Empresários em Nome Individual (ENI) -, nomeadamente, propondo a versão de entrada do Explorer (tracção traseira com bateria de 52 kWh e 170 cv de potência) a partir de 37 260€+IVA. Valor que, no entanto, pode ainda cair para os 31 680€, ao abrigo da campanha de lançamento.

A partir daqui, uma estrutura de preços, sem IVA, com o Explorer Premium RWD 52 kWh 170cv a começar nos 39 765€ (33 800€ com campanha), enquanto a motorização intermédia RWD 77 kWh 286cv inicia-se nos 43 090€ (Explorer) e 45 595€ (Premium), com campanha nos 36 625€ e 38 755€.

Já o topo de gama AWD com bateria de 79 kWh e 340 cv, apresenta um preço de preço de entrada de 48 870€ (Explorer) e 51 366€ (Premium), ou 41 540€ e 43 660€ já com campanha.

Para os Particulares, preços naturalmente mais altos (desde logo, porque não conseguem descontar o IVA), ainda que beneficiando, igualmente de campanha de lançamento. O que faz com que a motorização de entrada RWD 52 kWh 170 cv comece, oficialmente, nos 45 840€ (Explorer) e 48 910€ (Premium), ainda que com o aproveitar da campanha de lançamento a permitir aproveitar preços de 41 640€ e 44 710€, respectivamente.

Optando pela motorização intermédia RWD 77 kWh 286cv, preços a partir de 53 000€ (Explorer) e 56 080€ (Premium), mas que a campanha reduz para 48 800€ e 51 880€, ao passo que, preferindo o trem de força mais potente (dois motores, 340 cv), a bateria maior (79 kWh) e tração integral (AWD), os preços fixados passam a ser de 60 110€ (Explorer) e 63 180€ (Premium). Ou 55 910€ e 58 980€, beneficiando da campanha de lançamento.

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