Carlos Castro afirma que se tratou de fogo posto e que o carro será, ainda esta quarta-feira, alvo de perícia por uma brigada criminal da GNR.
A avaliação feita pelos peritos ditará a apresentação de uma queixa pelo presidente de junta, que atribui o sucedido "a questões políticas" que já têm originado outras situações no passado.
"Isto foi fogo posto. O próprio mecânico disse isso, porque o motor está intacto e o incêndio começou pelas traseiras da viatura. Para mim isto tem a ver com motivos políticos. Só pode ser porque pessoas que me queiram mal não tenho e nunca tive na vida", declarou o autarca.
"Eram cerca das três e meia da manhã, quando acordei com uma explosão (...) Abri a porta e vi o carro a arder. Ainda tentei apagar com uma mangueira, mas já estava tudo perdido. Depois vieram os bombeiros, mas o carro está completamente destruído", contou.
Segundo Carlos Castro, a viatura "tinha baixo valor comercial e já com 130 mil quilómetros, estava em bom estado e era utilizada para serviço da junta".
Recorde-se que em outubro passado, Carlos Castro foi alvo de uma queixa por parte do presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves, por, alegadamente, ter ameaçado com uma faca o vice-presidente daquela autarquia, Guilherme Lagido, no gabinete deste. O presidente de Junta reagiu, apresentando também uma queixa por difamação contra Miguel Alves e Guilherme Lagido.
GNR está a investigar suspeita de fogo posto
Contactada pela agência Lusa, fonte do Comando Territorial da GNR de Viana do Castelo adiantou que "a viatura foi alvo de perícia por parte do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) para a recolha indícios, com vista à elaboração do auto de notícia a enviar ao Ministério Publico".
A fonte acrescentou que "as suspeitas de fogo posto prendem-se com o facto de a viatura, estacionada na via pública, ter ardido do banco do condutor para trás, deixando intacta a parte da frente, onde se encontra o motor".
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