
A Comunidade Intermunicipal considera a decisão injustificada, alerta para impactos económicos e denuncia desigualdade nas portagens ainda em vigor.
O limite de velocidade na Autoestrada 25 (A25) foi reduzido para 100 quilómetros por hora em todos os lanços e sublanços, medida que entrou em vigor recentemente e que está a gerar forte contestação entre os autarcas da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA).
Os responsáveis locais consideram a decisão injustificada e pedem esclarecimentos urgentes ao Governo. “É incongruente. Não conseguimos perceber qual é a razão”, afirma Jorge Almeida, presidente da CIRA, sublinhando que a medida poderá trazer impactos sociais e económicos para a região, sobretudo no transporte de mercadorias, dado que a A25 é um dos principais eixos de ligação ao interior e à fronteira com Espanha.
A contestação agrava-se pelo facto de persistirem desigualdades no regime das portagens: apesar de terem sido abolidas em vários troços, continuam a ser cobradas no concelho de Aveiro, o que os autarcas entendem como discriminatório.
Recorde-se que a Câmara Municipal de Aveiro tinha solicitado uma redução de velocidade, mas apenas para um curto troço urbano da A25, devido ao ruído do trânsito. A decisão governamental acabou, porém, por se estender a toda a autoestrada.
A CIRA aguarda agora explicações da tutela sobre os fundamentos técnicos e legais que justificam a alteração.
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