Na Europa e no resto do mundo, os números são semelhantes. No entanto, existe uma queda nestes números face a anos anteriores, uma vez que em 2017 eram 8 em 10 as pessoas que não se viam a viver sem automóvel.
O Observador Cetelem Automóvel 2021 indica ainda que outro fator a ter em conta na avaliação da importância do automóvel é o escalão de rendimento: 53% das pessoas com rendimentos mais elevados não podem viver sem automóvel, em comparação com apenas 36% das que têm rendimentos mais baixos.
A nível mundial, questionados sobre o porquê desta dependência do carro, 7 em cada 10 inquiridos destacaram as questões ligadas à sua utilidade, ou seja, o facto de prestar um serviço. Já em Portugal, as respostas a esta questão indicam que o automóvel também é visto como um veículo capaz de valorizar a imagem pessoal.
Quanto aos motivos para a utilização do carro, 85% dos portugueses inquiridos referem a necessidade de utilizar o carro para cumprir tarefas do dia a dia (ir trabalhar, ir às compras, deixar os filhos na escola, etc.). Esta necessidade é de tal forma dominante que as outras formas de utilização – como realizar longas viagens, ter momentos de lazer, ir de férias ou simples prazer de condução – apresentam menor relevância nas respostas.
O Observador Cetelem Automóvel 2021 acrescenta que “com o aparecimento da crise pandémica e do confinamento, as saídas reduziram-se ao estritamente necessário. No entanto, esta crise veio reforçar a perceção do caráter utilitário do automóvel: a nível mundial, apenas um terço dos inquiridos reduziu a sua utilização no âmbito da vida quotidiana, por comparação com 46% em relação a viagens privadas e de lazer e 55% em relação a fins de semana e férias. Em Portugal, fruto de um conjunto de medidas mais rígidas, a utilização do automóvel, no âmbito da vida quotidiana, reduziu para metade”.
De referir ainda que em Portugal, 1 em cada 2 pessoas acredita que, nos últimos anos, não utilizou o seu veículo nem mais, nem menos vezes. No entanto, regista-se um aumento significativo da utilização do automóvel nos países emergentes, designadamente na China (66% referem que têm utilizado mais) e na Turquia (65%).
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