Um novo foguete espacial da SpaceX, empresa de Elon Musk, acaba de se tornar o veículo de lançamento operacional mais poderoso do mundo. Nesta terça-feira (6), com direito a transmissão em tempo real, o Falcon Heavy partiu do Centro Espacial Kennedy em Cabo Canaveral, Flórida, em direção ao espaço transportando um Tesla Roadster.
O feito é muito mais significativo do que apenas uma ação de marketing. O foguete, que tem altura equivalente a um prédio de 23 andares, representa um marco histórico para as tecnologias de exploração espacial privadas do empresário bilionário do Vale do Silicon Valley, Musk.
Colocar o foguete em órbita dá para a SpaceX uma vantagem significativa sobre as demais companhias que também desenvolvem foguetes comerciais e que disputam contratos lucrativos com a NASA, empresas de satélites e militares dos Estados Unidos. O Tesla Roadster simboliza uma carga útil real no meio de tudo isso.
A grande novidade deste lançamento em relação aos anteriores está na capacidade de carga e propulsão. Impulsionado por 27 propulsores, leva mais do que 2.267 toneladas de combustível, tem aproximadamente três vezes a força do propulsor mais potente utilizado anteriormente na frota SpaceX, chamado de Falcon 9. Neste lançamento, a empresa de Musk basicamente colocou 3 unidades do Falcon lado a lado. Para Musk, o grande ponto crítico seria o momento em que os dois propulsores laterais se separassem do foguete central. No vídeo, próximo aos 32 minutos, os propulsores se separam como planejado. Uma plateia, provavelmente funcionários da SpaceX, vibram como uma torcida. Outro ponto sensacional do vídeo é o retorno dos dois propulsores à Terra e o pouso de ambos, simultaneamente, impecáveis.
O Falcon Heavy foi projetado para colocar até 70 toneladas em órbita terrestre padrão com um custo de US$ 90 milhões por lançamento. Isso é o dobro da capacidade do maior foguete existente na frota espacial dos EUA - o Delta 4 Heavy da rival United Launch Alliance, por cerca 25% do custo.
Na descrição do vídeo, a SpaceX destaca que o Falcon Heavy foi projetado desde o início para levar seres humanos ao espaço e traz de volta a possibilidade de voar em missões com tripulação para a Lua ou Marte.
Já o Tesla Roadster segue em uma órbita solar praticamente indefinida, e obviamente, será o carro a chegar mais longe. Posicionado dentro de uma cápsula na parte superior do foguete, a SpaceX ainda colocou um manequim com o traje espacial no banco do motorista do conversível. As imagens são fantásticas.
Se isso vai ajudar a vender mais carros? Provavelmente não, mas mostra como uma corrida comercial pode contribuir efetivamente para o desenvolvimento tecnológico.
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