Saído da linha de montagem em Torslanda, na Suécia, este XC90 é o último Volvo com motor de combustão a gasóleo produzido pelo fabricante sueco que, agora e até pelo papel marcante que assume, segue para o museu do fabricante de Gotemburgo, também conhecido como ‘World of Volvo’ (“O Mundo da Volvo”, em português), onde ficará em exposição.
A unidade representa, de resto e conforme noticia, esta quarta-feira, a Automotive News Europe, o culminar de 45 anos de produção de veículos Diesel, em que a marca sueca entregou, pelo menos, nove milhões de veículos equipados com esta tecnologia.
E dizemos “pelo menos”, porque, segundo a mesma publicação, que cita a própria Volvo, os registos existentes não vão além de 1991. O que, também, deixa certeza de que os totais serão bem mais elevados.
De resto, vale a pena também recordar que os veículos a gasóleo chegaram a representar metade das vendas da Volvo, entre 2012 e 2016.
O adeus feito através de um 2.0 D…
Ainda quanto ao último Volvo a Diesel, o fabricante revela que conta com um quatro cilindros 2,0 litros turbocomprimido, parte da família de motores VEA (Volvo Engine Architecture) estreada em 2013, e que foi também apenas o segundo diesel desenvolvido dentro de portas, pelo fabricante, em cerca de 97 anos de história.
O primeiro bloco diesel desenvolvido pela marca de Gotemburgo foi um cinco cilindros apresentado em 2001 e produzido na sua fábrica de Skovde, na Suécia. Unidade industrial que, diga-se, foi entretanto reconvertida, para passar a produzir motores elétricos para os novos modelos Volvo.
Aliás, esta transformação foi apenas uma das repercussões da decisão anunciada pelo construtor sueco em Julho de 2017, de que não só pretendia tornar-se uma marca 100% elétrica até 2030, como e a partir desse momento, deixaria de investir no desenvolvimento de novos motores diesel. Apesar de, nessa altura, este tipo de propulsores ainda equipar quase metade dos carros vendidos na Europa.
No entanto e a suportar a estratégia apresentada pela Volvo, não só as pressões que começavam a surgir, defendendo o fim da utilização da tecnologia, como, também, as primeiras notícias dando conta da intenção de grande parte das maiores cidades europeias, de proibir a circulação de carros a gasóleo, nos seus centros.
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