O vice-presidente da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), José Monteiro, explicou ter comunicado a decisão de se manterem no mesmo local às forças policiais que, por sua vez, o alertaram de que a permanência para lá da hora estabelecida por lei "implicava um ilícito".
"Um ilícito que teria as suas consequências, nomeadamente para os organizadores, mas os organizadores estão aqui para isso mesmo, obedecer ao que a classe decidiu", declarou José Monteiro.
O responsável da ANTRAL garantiu que é nos Aliados que os taxistas se vão manter.
"A polícia foi alertada para a decisão de nos mantermos aqui. Há o compromisso de não haver intervenção nenhuma, o que nos pediram foi para os motoristas não abandonarem as suas viaturas durante a noite", declarou, numa altura em que se passavam 18 horas desde o início do protesto.
José Monteiro salientou que a concentração tem decorrido de "forma ordeira" e vai manter-se até ser "encontrado um acordo entre as associações do setor e as autoridades governamentais", adiantando ter expectativa na realização de uma reunião com o Governo hoje de manhã.
"Podemos incorrer num risco, mas o risco maior é a Uber trabalhar, os tribunais dizerem que são ilegais e eles continuam a trabalhar. Comparado com o que se passa no país, esse risco não é nada", atirou o dirigente.
Os taxistas concentrados na avenida dos Aliados, em protesto contra a lei que regula as plataformas eletrónicas de transporte que operam em Portugal, decidiram manter a concentração, seguindo o apelo feito pelas entidades representativas do setor.
Ao longo da avenida estão cerca de 200 táxis, ocupando uma faixa de rodagem em cada sentido.
Os taxistas protestam contra a entrada em vigor, em 01 de novembro, da lei que regula as quatro plataformas eletrónicas de transporte que operam em Portugal -- Uber, Taxify, Cabify e Chauffeur Privé.
A legislação foi promulgada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em 31 de julho.
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