Em declarações ao Observador, as autoridades confirmam a presença de 150 viaturas — havia mais carros estacionados em estações de serviço próximas do local — e cerca de 500 pessoas na paralisação deste fim de semana.
A identidade dos participantes nessa paralisação ainda não é conhecida, ressalva a subcomissária Ana Carvalho. A identificação das viaturas acontece através das matrículas, o que permite saber com facilidade quem são os proprietários dos veículos, mas não quem os conduzia naquele momento. Essa é uma tarefa mais complexa, prossegue a PSP, que vai exigir uma maior investigação.
Segundo a subcomissária, muitos dos carros que participaram na homenagem não autorizada a Nuno Martins, Tino de Sousa e Júnior Costa — os três homens que perderam a vida após circularem a alta velocidade na Segunda Circular — não tinham registo, nem a inspeção em dia e as matrículas que apresentavam já estavam canceladas.
Além disso, os registos das autoridades permitiram apurar que alguns dos veículos identificados na paralisação já tinham estado envolvidos em situações em que o condutor não tinha carta ou estava a conduzir sob o efeito de álcool, por exemplo.
Todos os proprietários vão ser notificados e irão receber contra-ordenações devido aos casos não conformes com a lei (carros sem registo e/ou sem inspeção em dia, e com matrículas canceladas). Quando a investigação terminar, os participantes identificados também serão multados pelo envolvimento na homenagem não autorizada – e possivelmente pelo lançamento de balões com luzes LED no interior, que podem ter atrapalhado a circulação aérea na região próxima ao aeroporto.
Recorde-se que os jovens que morreram neste acidente grave filmara-se a circular a 300 km/h numa estrada onde a velocidade máxima permitida é de 80 km/h, já depois de terem participado numa corrida ilegal.
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