O processo terá início em junho, com a transferência da produção do citadino Panda de Itália para a Polónia, onde já são montados o Fiat 500, Abarth 595 e os modelos da Lancia destinados ao mercado italiano. Os restantes modelos da Fiat já são produzidos fora de Itália, uma vez que o Tipo e o Dobló são montados pela Tofas, parceira do Grupo na Turquia, e o 124 Spider é fabricado pela Mazda, no Japão.
A capacidade produtiva libertada nas unidades italianas será ocupada para aumentar a produção de modelos da Alfa Romeo, Jeep e Maserati, marcas do grupo com um posicionamento mais premium e com preços de venda mais elevados e, por isso, capazes de acomodarem milhos os custos de produção mais altos.
A alteração na estrutura de produção do Grupo na Europa faz parte do plano que o CEO Sergio Marchionne vai revelar a 1 de junho, adianta a Bloomberg.
Aposta na Jeep tira protagonismo à Fiat
Em Itália, o Grupo deixará de produzir modelos de baixo preço e margem, como o Fiat Punto e o Alfa Romeo MiTo, que será descontinuado, O sucessor do MiTo deverá ser um SUV premium do segmento B, rival do Audi Q2 e do Mini Countryman.
A histórica fábrica de Turim, junto à sede da Fiat, e a unidade nos arredores de Nápoles vão ser reajustadas para a produção de novos modelos da Maserati e da Jeep, aproveitando a capacidade libertada com o fim da produção do Alta Romeo MiTo e a transferência do Fiat Panda para a Polónia.
Até ao final do ano, com o fim da produção do Punto na fábrica de Melfi, no sul de Itália, todos os modelos Fiat passarão a ser produzidos no exterior.
Na fábrica de Mirafiori, em Turim, a capacidade de produção libertada com o fim da produção do Alta Romeo MiTo, será canalizada para a produção de um segundo SUV da Maserati.
Noutra unidade do Grupo, em Pomigliano, perto de Nápoles, o fim da produção do Panda possibilitará o arranque na montagem de um novo pequeno SUV B da Jeep, que ficará posicionado abaixo do atual Renegade.
A estratégia visa a expansão da marca Jeep na Europa e refocagem da Fiat e dos seus modelos nos segmentos mais baixos nos mercados emergentes e, em particular na América do Sul. Nos modelos mais pequenos destinados ao mercado europeu, produzidos na Turquia e na Polónia, os motores diesel serão abandonados em detrimento de híbridos gasolina.
Em janeiro, no decurso de uma entrevista, Sergio Marchionne disse que a FCA poderia duplicar os seus lucros, em cinco anos, se explorasse todo o potencial da marca Jeep.
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