Ensaio Range Rover Evoque PHEV P300e

3 years, 3 months atrás - 28 Julho 2021, multinews
Ensaio Range Rover Evoque PHEV P300e
A espalhar charme desde 1947 para desafiar os limites do possível!

Senhores de um estética inconfundível, os Range Rover (RR) e, por inerência este Evoque, tornam-se assim objeto de desejo para muitos potenciais clientes.

Com a identidade da marca muito similar nos vários modelos e uma assinatura luminosa horizontal com a típica (atual) grelha RR, mudam neste modelo somente alguns detalhes na dianteira, nomeadamente ao nível do desenho do pára choques. De resto, o charme mantém-se neste e na restante gama do construtor.

No Evoque a assinatura deste modelo apresenta uma zona lateral onde a chapa se incrementa em direção à traseira o que, conjugado com curva descendente do tejadilho lhe dá a forma de um coupé e que, depois finaliza com uma traseira distinta de todos os seus irmãos numa linha muito vertical mas não menos elegante.

Em termos estéticos esta versão PHEV nem se distingue dos seus irmãos de gama, não fosse ter mais um bocal de enchimento de “combustível” por cima da cava da roda esquerda traseira para carregar a bateria.

O interior revela o ambiente tipicamente RR – elegância, atenção aos detalhes e inovação. Somos por isso brindados com bancos em pele confortáveis (elétricos) e com bom apoio lateral, um painel de instrumentos totalmente digital e um volante (eletricamente regulável), com os botões sensitivos colocados na vertical, num formato e configuração invulgar.

Em termos de ecrã central possui … dois. Um no topo do tablier onde, quando se liga a ignição, este sai do tablier e muda a sua inclinação para uma melhor visibilidade por parte do condutor e, um outro, na consola central com mais funcionalidades do automóvel. É neste que regulamos, por exemplo o AC, os três modos de condução (híbrido, EV- elétrico – e “Poupar” (guardar carga de bateria para uso posterior).

De resto, todo o software para controlo do RR Evoque é efetuado pelos dois écrans de um modo bastante intuitivo. No habitáculo encontramos as tomadas para carregamento de smartphones e também o sistema de aquecimento dos bancos, sendo a maioria dos plásticos moles.

Em termos de espaço interior nada a apontar, sendo que somente o formato da carroçaria nos bancos traseiros, torna o vidro traseiro bastante pequeno.

Em Estrada

A RR apresenta aqui um novo motor associado também a uma nova caixa automática de 8 velocidades (possui modo D e Sport).

Um motor térmico 1.5 com 3 cilindros (!!!) com 200Cv de atuação nas rodas dianteiras e um motor elétrico atrás com 109cv o que perfaz uma potência total combinada de 309Cv.

O certo é que arranca sempre ou, quase sempre, em modo elétrico e, em cidade é fácil conduzir o mesmo privilegiando a posição elevada, a sensibilidade da direção, a ergonomia, a usabilidade e manobrabilidade do conjunto, sendo que é de enaltecer o conforto do mesmo.

Em estrada, mantém o mesmo comportamento rigoroso e competente, sendo que em maus pisos de alcatrão, a suspensão mais firme e as jantes de grande dimensão, fazem sentir mais as irregularidades da estrada. Em compensação, viaja-se num interior elegante, bem construído mas acima de tudo onde o conforto está patente e sobretudo o charme de quase todas as peças interiores do automóvel.

Pessoalmente, compreendo a marca ao dotar o Evoque de uma direção mais “leve”, pois permite aumentar o conforto de utilização, mas gostava que mesma pudesse ser mais pesada, ou pelo menos possuir alguma parametrização para permitir essas alterações e não somente ao nível da caixa/motor com a posição Sport.

Em termos do AC e, parece ser uma regra nalguns construtores, o desenvolvimento de sistemas que purifiquem o ar, como é o caso do Evoque. Esta tem sido aliás uma das minhas dúvidas: como lidam estes novos purificadores com o Covid? Ou será que vão sofrer alterações? Ou vão ter filtros HEPA?

Em termos de consumo as médias situaram-se nos 8,7litros em condução normal, num veículo de classe 1 (!!), com uma autonomia até 66k em modo elétrico (velocidade máxima 135km/hora) que pesa mais de 2 toneladas e, que mesmo, com um sistema de travagem potente, convém recordar as leis da física.

Sobre os vários modos de condução, em areia, neve… não foi possível testar neste ensaio mas duvido que o cliente deste modelo o utilize para algo mais do que subir alguns passeios ou para uma incursão para a praia em caminho de terra batida.

Muito interessante o sistema de câmaras 360º e para o sistema de câmara por baixo do chassis para visualizar o piso… e as pedras.

Preço desde os 53.000€ até aos 70.544€ da unidade ensaiada

*primeiro Land Rover construído

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