O diesel pode não ser uma solução com futuro para as marcas de automóveis, mas ainda não vai desaparecer tão depressa nalguns segmentos. Entre esses casos destaque para os SUV do segmento C , que continuam a beneficiar das preferências dos consumidores.
Com exceção do Renault Austral, Nissan X-Trail, Ford Kuga e Toyota RAV, que passaram a ser comercializados exclusivamente com motorizações híbridas ou elétricas, todos os restantes modelos ainda são disponibilizados com motores a gasóleo.
Nas marcas generalistas, designadamente aquelas detidas pela Stellantis, o Peugeot 3008, o Citroën C5 Aircross e o seu “primo” Opel Grandland continuam a ser comercializados com o motor diesel de quatro cilindros com 130 cv, associado a uma caixa de velocidades manual ou automática. O mesmo propulsor também está disponível no Jeep Compass e no Alfa Romeo Tonale.
Oferta mantém-se nos alemães e asiáticos
No grupo Volkswagen, o Tiguan, o Seat Ateca e o Skoda Karoq contam com o conhecido bloco 2.0 TDI. Em função das marcas e modelos, aquele propulsor de quatro cilindros é proposto em níveis de potência de 116 cv (Skoda) ou 150 cv, sendo também possível optar por uma caixa manual ou de dupla embraiagem (DSG).
Quanto aos coreanos, que têm apostado forte na eletrificação, ainda se pode encontrar o 1.6 diesel no Hyundai Tucson, com 115 cv e caixa manual, ou 136 cv com caixa de dupla embraiagem e tecnologia híbrida suave (mild-hybrid).
A Mazda, por seu lado, lançou recentemente um novo motor diesel de 2,2 litros com 150 cv, que é proposto no CX-5.
Marcas premium também não abandonam
Mesmo entre as marcas premium, o diesel ainda continua a estar presente. A BMW continua a disponibilizar o bloco de 2,0 litros a gasóleo com 150 cv no novo X1 (sDrive 18d), enquanto a Audi e a Mercedes-Benz também propõem este tipo de motorização no Q3 e no GLA. Estes motores estão ainda associados a sistemas de tração integral.
Os motores diesel continuam a ser a melhor solução para percorrer elevadas distâncias com consumos relativamente baixos, embora já não sejam tão económicos devido aos aumentos galopantes do preço do combustível.
Embora a tecnologia híbrida recarregável (PHEV) tenha as suas virtudes ainda não é conveniente para aqueles que não têm acesso fácil à infraestrutura para carregarem regularmente a bateria e assim obterem vantagens reais em termos de custo de utilização.