SEAT já tem um carro que comunica com os semáforos

4 years, 3 months atrás - 2 Dezembro 2019, Auto Monitor
SEAT já tem um carro que comunica com os semáforos
Como estará o próximo semáforo se eu continuar nesta velocidade? A resposta para esta pergunta já não depende da intuição do condutor, mas sim da tecnologia.

Um projeto SEAT, em colaboração com a Direção Geral de Tráfego, a Câmara Municipal de Barcelona e a ETRA, que conseguiu conectar viaturas com semáforos e com o centro de controlo de tráfego para antecipar o estado do trânsito. O projeto permite ainda que informações sobre incidentes na estrada cheguem diretamente ao veículo sem a necessidade de painéis informativos. O automóvel e a infraestrutura, unidos através da cloud mediante tecnologia celular com tempos de latência de 300 milissegundos.

Veículos conectados com semáforos e infraestrutura rodoviária. O veículo utilizado nesta prova piloto incorpora a tecnologia que permite a conexão com o meio envolvente e aceder às informações da Direção Geral de Tráfego (DGT) armazenadas na cloud. Graças a isso, o condutor consegue saber em tempo real o que encontrará no caminho.

"Neste projeto, os novos modelos de automóveis conectados da SEAT recebem informação de trânsito em tempo real que está armazenada na nuvem central da DGT, incluindo os painéis informativos das estradas ou o estado dos semáforos nas cidades", refere Jordi Caus, Chefe de Mobilidade Urbana da SEAT.

Comece a reduzir a velocidade, vai ficar vermelho. Uma parte do projeto consiste em conectar os semáforos aos automóveis.

"O semáforo envia um sinal à cloud da DGT sobre o seu estado atual e quando vai mudar de cor. A viatura recebe e interpreta esta informação, avisando o condutor com antecedência do que vai encontrar no caminho dependendo da sua velocidade. Deste modo, se o semáforo vai ficar vermelho, os condutores podem reduzir a velocidade previamente", explica Jordi Caus.

Como funciona?

Quando um automóvel se aproxima do semáforo, o sistema calcula a distância e a velocidade da viatura, e um alerta aparece no ecrã mostrando se o condutor vai encontrá-lo vermelho, verde ou amarelo. Uma observação de segurança importante é que ele apenas funciona se a viatura estiver dentro do limite de velocidade. Caso contrário, o sistema não emite o sinal.

"O sistema fica bloqueado se o limite de velocidade não for respeitado, o que é muito importante para a segurança rodoviária. O objetivo é ser uma ferramenta de auxílio que permita uma condução mais uniforme", assegura Manuel Valdés, Chefe de Mobilidade e Infraestruturas da Câmara Municipal de Barcelona.

Painéis informativos também na viatura. Atualmente, há mais de 2.000 painéis informativos que indicam o estado do trânsito, o clima ou alertas sobre acidentes e manutenções nas estradas aos condutores. Com este sistema, todos essas informações aparecem diretamente nos ecrãs dos automóveis conectados em qualquer ponto da rede rodoviária.

"O mesmo que costumávamos fazer com painéis de mensagens móveis na estrada, podemos fazê-lo agora, mas em qualquer ponto da estrada, diretamente para o carro ", comenta Jorge Ordás, subdiretor de Mobilidade e Tecnologia da Direção Geral de Tráfego.

Mais segurança e eficiência. Quanto mais informação, menos situações de perigo. Este é o objetivo do projeto, que coloca a segurança como ponto central, bem como uma maior eficência na condução.

"Pretendemos um impacto significativo na redução de acidentes e de trânsito, com um efeito positivo no meio envolvente", acrescenta Jorge Ordás.

Um futuro de informação colaborativa. Para além disso, os próprios automóveis conectados e os seus condutores também vão servir de canais de comunicação. "Qualquer pessoa com informação do que está a acontecer num trajeto pode partilhar estes dados com outros condutores para que eles estejam informados sobre incidentes com antecedência", afirma o Subdiretor de Mobilidade e Tecnologia da DGT. Além disso, é um primeiro passo para o futuro veículo autónomo.

"Com este projeto, estamos a dar o primeiro passo para conectar automóveis com a infraestrutura geral rodoviária. Começámos com funções informativas, mas, pensando no futuro, seremos capazes de atuar diretamente em automóveis em situações de risco", conclui Jordi Caus.

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