Nissan quer novo citadino. Renault Twingo pode servir de base

Com a ajuda da divisão de elétricos do Grupo Renault, a Ampere, a Nissan estará a “explorar o desenvolvimento” de um novo modelo citadino para o mercado europeu. Para isso, poderá recorrer à plataforma Ampr Small do futuro Renault Twingo.

A acontecer, este será o segundo projeto desenvolvido e produzido em conjunto por esta parceira da Aliança, depois do anúncio de que a nova geração do Nissan Micra partilhará quase tudo com o Renault 5 E-Tech.

Tal como referido por Luca de Meo (diretor-executivo do Grupo Renault), “o projeto do Nissan Micra está a correr muito bem. Estamos dentro do prazo e dos custos”, o que deu confiança ao construtor nipónico para dar início a um segundo projeto com base no Twingo.

Além destes dois, a Ampere também já anunciou o desenvolvimento de um novo SUV compacto para a Mitsubishi, a terceira marca da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi. Uma agenda que reforça o compromisso das três marcas na eletrificação da sua gama de modelos.

Makato Uchida, diretor-executivo da Nissan, salientou o potencial deste citadino para fortalecer a presença da marca no mercado europeu, oferecendo um veículo “atrativo e acessível” aos consumidores. Uchida destacou ainda a importância deste veículo na expansão da colaboração entre os parceiros da Aliança.

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Apesar desta dinâmica ambiciosa da Ampere, é necessário relembrar que em 2023 a Renault ponderou tornar esta empresa independente do grupo. Tal não chegou a acontecer, pelo abrandamento da procura por veículos elétricos que já se verificava. Desde essa altura, no entanto, a Nissan já se comprometeu a investir até 600 milhões de euros na Ampere. A Mitsubishi também planeia adquirir uma participação.

Twingo retro-futurista?
A próxima geração do Renault Twingo, cujo protótipo já tivemos oportunidade de conhecer, será lançada em 2026, com um design evocativo do modelo original dos anos 90. A marca francesa promete que o preço base será inferior a 20 mil euros.

O novo Twingo será produzido na fábrica de Novo Mesto, na Eslovénia, onde já é construído o Renault Clio.

Para manter os custos baixos, o novo Twingo utilizará baterias de fosfato de ferro-lítio (LFP), mais económicas do que as de níquel-manganês-cobalto (NMC) utilizadas em outros modelos elétricos da marca. A Ampere adaptou a plataforma para esta tecnologia de baterias em apenas 18 meses, demonstrando uma agilidade capaz de rivalizar com os construtores chineses.

Luca de Meo vê no novo Twingo uma oportunidade para redefinir a mobilidade urbana sustentável, destacando o seu reduzido consumo energético do modelo, com médias previstas de apenas 10 kWh/100 km.