O Lotus Eletre pode disponibilizar condução autónoma de nível 4 porque encontra-se equipado com avançados sensores, designadamente LiDARs.
Para a histórica marca britânica, agora detida pelos chineses da Geely, este SUV não apenas especial por ser o primeiro modelo elétrico de produção da Lotus, mas, também, porque utiliza vários LiDARs, incluindo dois nos pára-choques dianteiros e um terceiro no tecto. A Lotus também dotou o Eletre com radares e câmaras de alta definição.
Em declarações ao Autocar, o diretor executivo da Lotus Robotics, Li Bo, afirmou que o Eletre já é quase um verdadeiro carro com condução autónoma de nível 3, pois possibilita uma operação prolongada sem mãos no volante. O responsável acrescenta que pode circular até aos 200 km/h antes que seja necessária a intervenção humana.
Possível fazer melhor
Apesar daquela funcionalidade ser impressionante, a Lotus pensa que ainda é possível fazer melhor. A marca quer que o Eletre seja capaz de percorrer 100.000 quilómetros por intervenção humana. Se isto se concretizar, significa que será equivalente a uma operação de condução autónoma de nível 4.
Uma frota de protótipos do Lotus Eletre já está a testar o sistema de condução autónoma nas ruas da China e Li Bo adianta que a tecnologia é tão avançada que consegue aprender o tipo de condução preferido do proprietário. Assim, um condutor mais agressivo pode usar os travões mais tarde e iniciar a mudança de faixa de rodagem mais rapidamente.
O Lotus Eletre está equipado com um motor elétrico que desenvolve uma potência de 612 cv e um binário de 710 Nm, permitindo acelerar dos 0 aos 100 km/h em 4,5 segundos. A bateria com capacidade de 112 kWh permite percorrer até 600 quilómetros em ciclo WLTP, sendo possível recuperar entre 10% a 80% do nível de carga em apenas 20 minutos.