O brigadeiro-general Eduardo Faria, que esteve este domingo no concelho da Povoação, declarou que a "principal preocupação era encontrar a segunda vítima e permitir à família que fosse possível fazer o seu merecido luto".
"Aqueles primeiros três, quatro dias foram essenciais. Nós colocámos todos os meios humanos e recursos materiais que tínhamos à disposição no terreno e foi resultado desta circunstância que no terceiro dia conseguimos encontrar a primeira vítima", declarou Eduardo Faria.
O presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores acrescentou que isso "também foi muito fruto da utilização de equipas de mergulho, dos drones e da capacidade técnica da autoridade marítima no sentido de calcular trajetórias face às intensidades dos ventos, das marés, das correntes".
Eduardo Faria aponta que, passados os primeiros quatro dias, com as condições meteorológicas que se verificam na zona da Povoação e Ribeira Quente, "realmente os modelos foram muito pouco eficazes" devido à "dificuldade de os aplicar junto à costa".
Em 25 de junho, a chuva forte provocou o arrastamento de uma viatura da Santa Casa da Misericórdia da Povoação, onde seguiam as duas funcionárias, que estariam a fazer apoio domiciliário.
A viatura onde seguiam as duas mulheres foi localizada logo nesse dia no fundo de uma ribeira, presa e capotada, junto à Povoação, mas não foram avistadas pessoas.
Na segunda-feira foi encontrado o corpo de uma das vítimas, a cerca de uma milha da costa da freguesia piscatória da Ribeira Quente, concelho da Povoação.
As buscas pelas duas mulheres envolveram elementos do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores, as cinco corporações dos bombeiros de São Miguel, o serviço municipal de proteção civil da Povoação, a Capitania do Porto de Ponta Delgada, a Polícia Marítima, a Associação de Nadadores-Salvadores da Costa Norte, a PSP e elementos do Exército.
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