Equipa de fábrica que tem dominado, desde 2014, a disciplina máxima do desporto automóvel de velocidade, a Mercedes-Benz pode estar em vias de desaparecer.
Segundo avançam os sites Autocar e Racefans, que terão levado a cabo uma investigação conjunta sobre o tema, o conselho de administração da Daimler deverá reunir dentro de alguns dias, para, entre outras questões, decidir o futuro da equipa de Fórmula 1. Sendo que, em cima da mesa, a opção que parece, pelo menos para já, ser a mais forte, é o fim da escuderia.
Numa altura em que o maior construtor automóvel europeu procura reduzir custos em áreas acessórias, de forma a poder concentrar a maior parte do investimento na mobilidade elétrica, o fim da equipa de F1 permitirá dar mais um passo rumo a esse objetivo. Poupando vários milhões que depois poderão ser encaminhados, não somente para o desenvolvimento de novos modelos eletrificados, como também para aquela que é a mais recente aposta desportiva da Mercedes-Benz: a Fórmula E.
Segundo informações já divulgadas, o investimento na Fórmula E deverá rondar os 20 milhões de euros, valor que, ainda assim, fica substancialmente aquém da verba que é necessária para manter uma equipa de fábrica, na F1. Projecto que, diga-se, pode rondar os 330 milhões de euros!
Mas, então, e o que é que acontece à estrutura?
Embora a saída, da Mercedes-Benz, da F1, possa estar perto de concretizar-se, a estrutura que, durante os últimos anos, deu vários títulos mundiais ao construtor alemão, pode, contudo, continuar no "Grande Circo"... mas como Aston Martin!
Segundo os mesmos sites, Lawrence Stroll, milionário canadiano apaixonado pela F1 e dono da escuderia Racing Point, além de pai do piloto de Fórmula 1 Lance Stroll, terá já feito saber do interesse em comprar a Aston Martin. Também com o intuito de colocá-la na Fórmula 1.
Caso a compra da Aston Martin se concretizasse, Stroll venderia a Racing Point, muito, provavelmente, a Dmitry Mazepin, multimilionário russo há muito interessado na compra de uma equipa de Fórmula 1, de forma a garantir um lugar ao filho Nikita Mazepin, atualmente a competir na Fórmula 2.
No entanto, muitas outras interrogações prometem manter-se: por exemplo e caso Stroll compre a escuderia Mercedes, o que acontecerá com Toto Wolff? E Lewis Hamilton, continua... ou segue com a carreira na Ferrari? E Valleri Bottas, continuaria?...
Sem dúvida, momento de grandes decisões, para a Mercedes... mas também para a F1!